20110926

FENPROF | "A propósito dos alegados 70.032 atestados médicos de professores em 4 meses"

"A este propósito, a FENPROF manifesta o seguinte comentário:
  • Embora o título de primeira página seja impressionante ("70.000 atestados médicos a professores em 4 meses" que, se correspondesse a docentes, significava que cerca de metade teria estado "de baixa" sem que, nas escolas, se desse por isso), já a leitura do artigo revela que, a esses atestados, correspondem cerca de 4.000 docentes e que, de todos esses, até hoje, apenas 11 se encontram em fase de processo disciplinar, ou seja, apenas sobre onze casos recaem dúvidas de, eventualmente, serem fraudulentos (o que significa que, do total de situações de doença, até hoje, 99,75% não mereceu qualquer dúvida);

  • Estranha-se que detectada a situação no final de Janeiro, só em final de Setembro estes números tenham sido tornados públicos;

  • Exige-se do MEC que todas as situações que levantem suspeita sejam devidamente analisadas, de forma a moralizar o sistema e a salvaguardar o direito à saúde por parte de quantos, em determinado momento da sua vida, necessitam de recorrer ao atestado médico;

  • O título e a chamada desta notícia a primeira página de um jornal diário tem a intenção óbvia de denegrir a imagem dos professores perante a opinião pública num momento em que estes começam, de novo, a agir em defesa dos seus direitos profissionais e de boas condições para que as escolas se organizem e funcionem adequadamente. Foi assim no passado, com os maus resultados que se conhecem, sobretudo para quem decidiu entrar por essa via de desconsideração, pondo em causa o empenhamento e profissionalismo dos docentes, pois provocou uma forte indignação destes com a relevante expressão pública que se conhece.
A FENPROF irá solicitar ao MEC informação precisa sobre os números agora divulgados e a que situações concretas se referem, reservando para esse momento, nova tomada de posição.
O Secretariado Nacional da FENPROF
26/09/2011"
Fonte: FENPROF

2 comentários:

Miguel Pinto disse...

A peça do Público vai mais longe: somos 300 mil.
Estes tipos não se enxergam!

Moriae disse...

Sem dúvidas, Miguel! :/