20130622

A caminho da terceira semana

E sabendo que há quem queira desistir ... Digo: há que enfrentar o dito pelos devidos.

Encontrei esta partilha no Facebook e transcrevo: 
Silêncio, que há greve às avaliações.

Que não se fale da greve às avaliações.
Que ninguém diga que nas escolas as notas não saem.
Que ninguém diga que as matrículas não se estão a fazer.
Que a comunicação social fique calada.
Que se ignorem os professores e a sua luta.
Que se sussurre que a vida nas escolas está calma.
Não lhes respondam, ignorem-nos!
Silêncio, que há greve às avaliações!

Antonio Lirio

20130619

150 mil alunos

nesses cursos superiores mas que não são licenciatura, já no forno. Deu-me ideia que foi isso que disse. Disse ainda muito mais e dará pano para mangas meias cavas. Como toda a entrevista vai ser dissecado por quem de direito, vou descansar que isto de ter obras em casa e de andar de greve em greve, reunião em reunião adiada, é bom, é por boa causa, é necessário, mas cansativo.

Take a look at ... third point


Via Manuel F. Castelo Ramos| Facebook

A gota de água. Greve, dia 27.

Proposta de Lei 154/XII 

«A mobilidade tem contornos de despedimento coletivo» (Constança Cunha e Sá na TVI24 | Com vídeo)
"Todos os ministérios têm de fazer listas de excedentários até final do próximo mês." (Sic notícias | Com vídeo)
 Impedimento de despedimento na Função Pública vai acabar (DN)

Não queremos mais @anormalidade

"(...) Independentemente da opinião de cada um sobre esta greve, sobre os professores e sobre os sindicatos, ninguém de boa-fé poderá concordar com o que se passou naquele dia 17 em algumas das escolas deste país. Foi um dos dias mais tristes da história do ensino em Portugal." (Ricardo Ferreira Pinto @ Aventar)
Mais da mesm@:
"(...) Efectivação de provas na ausência de professores do secretariado de exames, com o correlato incumprimento dos procedimentos obrigatórios, que lhes competiriam. Vigilantes desconhecedores dos normativos processuais para exercerem a função. Vigilantes do 1º ciclo do ensino básico atarantados, sem saber que fazer. Examinandos que indicaram a professores, calcule-se, que nunca tinham vigiado exames, procedimentos de rotina. Exames realizados sem professores suplentes e sem professores coadjuvantes. Exames vigiados por professores que leccionaram a disciplina em exame. Ausência de controlo sobre a existência de parentesco entre examinandos e vigilantes. Critérios díspares e arbitrários para escolher os que entraram e os que ficaram de fora. Salas invadidas pelos “excluídos” e interrupção das provas que os “admitidos” prestavam. Tumultos que obrigaram à intervenção da polícia. Desacatos ruidosos em lugar do silêncio prescrito. Sigilo grosseiramente quebrado, com o uso descontrolado de telefones e outros meios de comunicação eletrónica. Alunos aglomerados em refeitórios. Provas iniciadas depois do tempo regulamentar.
O que acabo de sumariar não é exaustivo. Aconteceu em escolas com nome e foi-me testemunhado por professores devidamente identificados.(...)" (Santana Castilho | "Público" de 19.6.13)

20130618

Espíritos soltos.

16 de Novembro de 1922 — 18 de Junho de 2010 

Baixar o nível ...

Acontece-nos a todos, às vezes. Provavelmente há quem seja excepção ou quem só o faça uma ou duas vezes na vida. O caso que se segue (formato TV, programa matinal) é típico de quem não tem nível e se sente, com esta atitude, melhor do que quase tudo e todos. Ressalva: isto pode ser mentira, mas se o é, não sei. Está num grupo público do Facebook: 
"Na minha escola o estratagema para "boicotar" a greve às avaliações é colocar os docentes em serviço de exames cumulativamente com as reuniões de avaliação, alegando-se que o docente faz o serviço de exames, porque é prioritário, e tem de assinar a reunião de avaliação." (A.S. | Professores )

Amestrado, mas mal.

Açaimou-se, não seria mais correcto? Mordeu-se, quis morder. Etc.
"Henrique Raposo tem 30 anos. Licenciou-se em História e "amestrou-se" em Ciência Política. É, por isso, a pessoa indicada para trabalhar em Relações Internacionais: é investigador no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova. Foi colaborador e editor da revista Atlântico. Também colaborou o Público, Diário de Notícias e Independente. É cronista do Expresso desde 2008. " (Wook)
Coitados dos patudos que têm que levar com gente assim. E por patudos são de incluir, também, os bípedes.

Fontes (por ordem pessoal e também de descoberta):

 

E se as escolas não abrirem dia 27, sr. ministro?

Não será melhor mudar as datas dos exames que estão marcados para esse dia? É que mesmo que os professores não façam greve, há escolas que fecham facilmente se meia dúzia de assistentes operacionais não comparecerem no seu local de trabalho. 
Um bocadito de bom-senso cairia bem. E depois, tudo isto a acarretar enormes despesas:

Correcção de exames obriga Crato a recrutar mais professores

20130617

Nota | Amanhã é retomada a greve às reuniões de conselhos de turma

Tomáramos nós ver um Fim a isto ... mas não, vamos continuar. E temos pena. E há que retemperar forças para continuar.
Boa noite, bom descanso.

Vale a pena escolher sem outra opção?

Só para burros ou muito curiosos. Ou então. É humor.

http://blasfemias.net/2013/06/17/greve-dos-professores-aceitavel-ou-criticavel/

Demasiado óbvio? Love is in the hair | Love the air style | The F Word plus U | Or else?

Vai-se lixar... ou melhor vai-te F****


Neste momento, Crato está a gabar-se ... ora tome-se nota de mais alguns testemunhos ...

" Pergunto eu, que já vigiei muitos exames, nos quais não me posso sentar por leves 2 minutos, não posso olhar por iguais minutos a paisagem (se existir), onde não convém ter um ataque de tosse, muito menos uma comichão na sola do pé! E hoje, realizaram-se (infelizmente em algumas salas de aula ou algo parecido), exames na maior desordem, sem silêncio ou quaisquer condições. Um exame nacional feito só por alguns? Que coerência e veracidade existe depois disto, que regras, que disciplina? Com que lata me vão pedir para acreditar na credibilidade do exame de hoje??? Que exigências futuras perante tal pândega??? Expliquem-me como se eu tivesse 4 anos!" (Sandra Conde)
 ***
"O ministro brincou com os números como lhe deu mais jeito e, como professor de matemática, tinha a obrigação de ser mais rigoroso (!!)
Ora, acontece que também sou professora de matemática, e as minhas contas são bem diferentes:
- dos 75 mil alunos inscritos, 15 mil são do ensino privado... logo realizaram exame;
- dos 60 mil alunos do ensino público, 23 mil não o realizaram, o que significa QUASE 40% DOS ALUNOS!!
Pelo menos seja sério com os números, sr. Ministro!
Já agora, tendo em conta que foram "convocados" 115 mil professores, a conclusão de que a greve rondou os 90% penso que até peca por defeito!" (Por www.facebook.com/paula.decqmota | Via Nuno Coutinho)
***

Este post poderia dar para uma actualização de páginas ... 

Relatos da afamada @normalidade

"Sendo eu professor da Escola Sá de Miranda, importa fazer um relato daquilo que se passou durante a manhã de hoje, especialmente por três razões: para memória futura; para contrariar alguns badamecos que tudo farão para criar uma "realidade" alternativa que em nada se parece com o que aconteceu; numa tentativa de defender os alunos que foram, sem exceção, prejudicados pela incapacidade e intransigência do Ministério da Educação. 
Para início, dos cerca de 300 professores convocados para hoje, apenas cerca de 20 apresentaram-se. A adesão à greve foi superior a 90%, e das 22 salas em que o exame deveria ter sido realizado, decorreu em 7. O Ministro pode dizer que 70% dos alunos realizaram o exame, mas em que condições? E passo aqui a relatar as condições em que os cerca de 120 alunos que realizaram o exame no Sá de Miranda o fizeram. E ressalvo que só falo de situações que vi ou que se comprovam com o relato de vários alunos. 
- o toque para o início do exame deu-se às 9h37. Isto não quer dizer que os alunos tenham começado a fazer a prova neste momento, porque alguns professores vigilantes (quase todos do 1º, 2º e 3º ciclo) atrapalharam-se com as versões e, pelo menos numa sala, os exames foram distribuídos 4 vezes; 
- os professores da escola reuniram-se no Auditório e, por volta das 10h, um dos colegas que vinha de fora da escola disse-nos que um grupo de alunos (depois verifiquei que seriam cerca de 50) tinham saltado as grades e circulavam pelos corredores das salas onde o exame estava a ser realizado. Logo de seguida, fomos informados (ainda no Auditório) que a PSP tinha sido chamada e estava a circular na escola. Posteriormente os alunos afirmaram (alguns para as câmaras de televisão) que entraram nas salas, incitando os colegas a sair, enquanto os vigilantes fechavam as portas e diziam aos examinandos para continuar o exame. Cantava-se nos corredores a "Grândola, Vila Morena" e pontapeavam-se portas fechadas; 
- a PSP demorou cerca de uma hora a conseguir que os alunos que circulavam na escola saíssem. Mesmo assim os alunos pararam nas escadas de acesso para cantar o Hino Nacional; 
- apesar dos alunos terem começado o exame com vários minutos de atraso, quando se ouviu o toque do fim das duas horas, já os primeiros examinandos estavam no portão da escola, o que significa que os vigilantes não respeitaram a indicação de fazer todos os alunos esperarem pelo toque para abandonar a sala; 
- um grande número de alunos afirmava ter ouvido telemóveis a tocar durante o exame, enquanto outros garantiram que os alunos que estavam a fazer exame comunicaram, sem problemas, o conteúdo do exame para quem estava de fora. 
Foi nestas condições que os alunos fizeram o exame. Não sei se terá sido assim para os 70% do Crato, mas, se foi, que grande exame!!! 
Há que assinalar também que foi a primeira vez em muitos anos (estou nesta escola desde 2000) que a inspeção não marcou presença no 1º dia de exames. Vá-se lá saber porquê.

Colegas, partilhem, por favor. Estas situações não podem ser branqueadas e não é possível que o Ministério sequer tente falar em "normalidade". " (
Alexandre Mano)

Tanta coisa por isto?

Se eu fosse o ministro Crato, demitia-me ... Com esta palhaçada toda, não conseguiu assegurar absolutamente mais nada que não um enorme ridículo:

Para quem ainda acreditava no rigor e equidade dos exames em Portugal

Zerinhooo!!!

Disseram-me, com alguma propriedade, que não houve exames no Agrupamento de Escolas Coimbra Centro. A adesão à greve foi total no 2º, 3º e secundário. Parece que os professores do 1º CEB apareceram 'em bloco' (SIC) a uma reunião preparatória mas que à medida que lhes eram entregues os calhamaços das regras para os exames nacionais começaram, um a um, a desaparecer.
Dados da greve em Coimbra (SPRC)
 Parabéns, colegas!

Info da greve (em actualização)

Pela manhã:
Adesão superior a 90%, diz Mário Nogueira. Se quiserem ouvir e comentar, é na  TSF : A greve dos professores
A não perder:
Paulo Guinote na TVI24 (a decorrer) e Paulo Prudêncio na SICN.

 


 


Ao longo do dia:
O Público está a acompanhar a greve ao minuto.
Os blogues do costume :)
Boas ideias:
 Notas soltas: 
Humor: 
 Dados da FENPROF:

 Coisas doentias: